31 de dezembro de 2007

o canalha que vos escreve

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Acabei de ligar ao sujeito x!
Afinal o grande canalha sou eu!
Ao que parece, o meu grande amigo do peito, faz anos no dia 30.
Acho que quem tem andado a beber demais estes anos todos, sou eu!
Ainda iria a tempo de me redimir, apagando o post anterior, que ninguém deve ter lido, mas sabem como é, canalha, que é canalha, não tem vergonha na cara...

PS. favor ler o post anterior para se inteirarem da grandiosidade da minha canalhice!

o dia do sujeito x

No dia 31 de dezembro as pessoas juntam-se, os amigos brindam e desejam aquelas coisas que durante o ano, muitas vezes, ficam por dizer. (não, não estou a dizer mal dos meus amigos, é só uma pequena nota introdutória de carácter para o assunto principal)
Na realidade, os meus amigos que também são, na sua maioria, amigos do sujeito x, são uns marotos, atenção que eu me incluo nesta categoria, na boca do nelson rodrigues, seriamos todos uns canalhas!
Ora vejam.
Dia 31 de dezembro de 1998, nesse ano, julgo, como em tantos outros, passamos juntos, eu e alguns dos meus amigos, nos quais incluo o sujeito x, brindamos, festejamos, bebemos, uns mais que outros, o sujeito x mais que os outros, e fizemos uma farra contida.

Naquele tempo as festas eram contidas. Tão contidas que nem nos lembrávamos que o sujeito x deveria ser o herói da noite e não um qualquer relógio, por norma o da rtp, ou da sic, que pauta a passagem de um dia, normal, para outro dia, normal.
A verdade é a seguinte, o sujeito x, faz anos no dia 31, e não deve entender muito bem porque é que a maltinha passa o dia todo sem lhe ligar pevas e, prestes a terminar o dia dele, o povinho fica excitado, quando chega o novo dia, é a farra total.

Agora imaginemos que somos o sujeito x (sujeito x o tanas, tiago, tiaguinho para os amigos, e sexy boy, em homenagem a Air), e que vemos passar o nosso dia de anos, sem um telefonema, sem uma mensagem, sem uma prenda ou um abraço e, ao bater da meia noite, puft, lá vêm as mensagens, de extremo bom gosto, e hiper criativas - feliz ano novo!
Na cabeça do sujeito x, vulgo tiago, tiaguinho ou sexy boy, só deve estar uma coisa, feliz ano novo!? só se for para ti, meu grande canalha!

Verdade seja dita, o ano não é assim tão novo quando nós entramos nele, afinal de contas já foi usado pelos australianos, pelos indianos e por mais de metade dos terráqueos...
é quase como ser o segundo indivíduo a pisar a lua, quando lá chegas ninguém se lembra de ti!
ou alguém se lembra do Edwin Aldrin?

PS. ide lá, ide lá, e se tiverem algum amigo que faça anos hoje, liguem-lhe, dêem-lhe muito amor e carinho, mas façam-no antes da meia noite, ok!?

PS.2 será que os problemas de álcool do sujeito x, foram causados pelo sucessivo esquecimento da sua data? hum! deixa-me cá ligar-lhe antes que ele comece a beber...

PS.3 eu ainda não acredito que o homem tenha ido à lua! (ahaha, esta é só para chatear o meu pai...)

29 de dezembro de 2007

amuse me

. designer(s): sloom & slordig

PS. amuse me é o primeiro de uma série de posts (ainda vamos ver) nos quais apresentarei objectos, projectos, espaços, ideias, e mais um par de botas. As coisas que a prima da visinha do primeiro esquerdo gosta e me diz para ver, e eu gosto. Coisas de outras pessoas, claro, que me sirvam de inspiração, ainda não sei bem para quê. Neste quarto, gostei do facto de não ser preciso tirar a cama do lugar para limpar por baixo. Ah, sim! a cama suspensa, interessante, interessante...
Descobri estes marotos hoje, e ainda apresentarei aqui mais coisitas deles...
Vá, pronto, era só isto!

peguntam vocês - Mas vão ser só imagens? Não podem ser livros? Poemas?
eu- vai ser o que eu quiser, o blog é meu! mas sim, podem ser livros, poemas, músicas, sei lá, ainda agora começou e já me fazem perguntas destas. As musas são minhas eu é que sei, né?

PS PS. não sei se repararam, mas existe um granda erro. A pretazeta, alertou-me para o feito. Como é óbvio, eu poderia simplesmente alterar. E vocês não dariam por nada, mas, como eu não tenho vergonha na cara, fica assim mesmo.
onde?
bem! vá lá, ide lá ver onde é! se encontrarem mais um, faxávor de avisar aqui o mentecapto!
errare é umano! Apontar o erru é educar...

26 de dezembro de 2007

posta de bacalhau

Esta coisa de querer actualizar sempre dá nisto!Um sujeito aparece aqui e não diz nada! aparece só! E pronto, já ganha tempo para pensar num post decente!

eu -Pera aí e o título desta cena!?
eu (sim! falo, falo sozinho, porquê? algum problema?)-Posta de bacalhau!
eu -posta de bacalhau, porquê!?
eu- porque é natal, e é um post!
eu- chamas a isto um post?

PS. este post, sim é um post, é mais ou menos como aqueles presentes que nós recebemos e não queriamos receber. E que agradecemos com o ar mais entusiasmado do mundo. Tipo, meias! ena ena! brancas! estava mesmo a precisar de meias brancas...
Portanto vá lá deixar comentários a agradecer pela posta que vos deixei aqui. Vá! com ar de quem gostou, hã!

23 de dezembro de 2007

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Singela homenagem à disléxica mais linda do mundo
. A minha! Que faz hoje anos!
Vá, ide lá dar os parabéns, sim!?

Mau, mau! Nada de contar as bolinhas...

20 de dezembro de 2007

tatto

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Eu até gosto do gajo. Mas, ele não precisava de transformar um dos sete anões em mesa de apoio. Eu também gosto da maioria das coisas que são feitas sob a alçada da Kartell, agora anões da floresta? Será uma releitura dos anões de jardim? Terá o Stark feito uma homenagem ao anão da Amelie? (não porque acho que o anão do Stark é anterior ao da Amelie, e o da amelie não fica sentado, viaja, viaja muito...).
Eu sei eu sei, é o design brincalhão para quem sentido de humor e gosta de umas coisas meio populis taste (populis taste??). Uma forma de dizer que os outros anões devem estar a chegar para a festa e que a princesa não tarda nada tá aí a rebentar. Não duvido nada que o Rashid venha a transformar o Pai Natal em cadeira infantil.

Espera, espera, isso dava uma peça porreira, o pai natal pões as crianças ao colo, a cadeira serve para sentar, ai está!! (acho que vou patentear a ideia antes de postar) O problema é que muita gente começaria a falar com as cadeiras, a pedir presentes a tentar arrancar a barba para ver se é mesmo verdadeira...
E surgiriam comentários ao estilo - o pai natal existe mas não é ergonómico (isto de dizer que determinada coisa não é ergonómica fica bem... dá um ar de entendido)

PS. no início eu queria mostrar aqui um outro exemplo de alguma coisa do Philippe Stark que eu admirasse, sem sinal de dúvida, em contraponto com aquela coisa, mas, depois, olhei bem para o anão e até que achei o maroto engraçadito, portanto fica a pergunta - E tu! Gostas do anão? Achas que é design? Achas que é verdadeiro? Achas que é o próprio anão da amelie que se fartou de viajar e resolveu descansar um bocadito? Achas que é ergonómico? funcional? não é funcional mas não precisa de o ser? Faz-te rir? ficaste com vontade de te sentar nele? daria uma boa mesa de jantar para anões?

PS1. acho que me estiquei naquela da mesa para anões. Eu não deveria dizer o que penso (não?), mas, agora com maior seriedade, acho que é o anão da ilha da fantasia, Tatto, mascarado de anão de jardim. Se olharem bem para a imagem perceberão que ele está a pensar - the plane, the plane.... it´s the plane! -

PS2. como podem verificar aquela coisa que ele tem em cima da cabeça é uma raquete de ping pong, disfarçada, mas cumpre o propósito, estacionar aviões, claro!

17 de dezembro de 2007

bansky

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É dificil ficar indiferente às manifestações de Bansky. Ele tem uma série de stencils, a maioria deles poderá ser encontrada, segundo consta, nas ruas de Londres.
Se clicar aqui, não se esqueça de ir ver os videos dele, nomeadamente este, onde ele nos mostra a que ponto vai para contextualizar a sua obra. Se ainda não tinha percebido pela imagem do muro israelo-palestino, claro!
As suas críticas, sempre provocadoras, levam-nos a um outro patamar de reflexão e, muitas vezes, roubam-nos um sorriso trémulo.

14 de dezembro de 2007

OCNIS

.Os Jetsons devem estar a chegar a qualquer momento.
Pelo menos a mobilia deles, ao que parece, vai chegar agora em 2008.
Esta luminária tem o abjour dividido em duas metades e uma delas levita.
É obra da designer Angela Jansen e da crealev , uma empresa especializada em tecnologia de levitação.
ok! ok! não acreditam, né? Então vejam o filmezinho aqui em baixo.
Depois venham-me cá dizer que não existem objectos caseiros não identificados.

13 de dezembro de 2007

Artista - diz que disse

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(passaporte do keith haring)
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Enquanto pesquisava sobre a obra do Keith Haring (mencionado noutro post) tropecei nesta pérola!
Pergunta você, indivíduo assaz distraído, que não conseguiu ler a legenda porque a fonte era muito pequena - mas isso aí é o quê?
Ao que eu respondo - aumenta a imagem que vês melhor. ok! é o passaporte do artista.

- mas porque é que puseste isso aqui?
- clica aqui e vais parar a uma página com leilões.
- sério?
- Não!!! É mentira! vais parar a uma página de sexo virtual... (esta mania de duvidar do que se escreve?!...) Claro que sim, né!
- E esta à venda por quanto?
- (ponho aqui o link e ainda querem a papinha toda feita, mas ok, só para não dizerem que eu maltrato os meus leitores...) Pela módica quantia de ... (deixa lá ir ver ao site outra vez, para ser preciso)
- ... $6875 (seis mil oitocentos e setenta e cinco dólares).
- epá! pode ser comprado por algum mexicano que queira passar a fronteira.
- ou então pode ser emoldurado e exposto na parede da sala, ou no hall de entrada, afinal tem a assinatura dele... e também deve ter a digital algures nas outras páginas...
- será que combina com a cor dos sofás!?

12 de dezembro de 2007

design = aspecto

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Hoje, numa das minhas visitas habituais por este mundo imaginário, descobri mais um significado para design.
Foi com tristeza que vi um texto, escrito por alguém que vai formando opinião (uma das minhas visitas habituais), em que o design é apresentado como aquela coisa que trata do aspecto das coisas, em oposição a algo que padece que grande esforço intelectual (que foi o que o Daniel sempre fez até ao momento em que resolveu escrever sobre a sua nomeação para uma categoria que, pelos vistos, não é merecedora do seu grande génio).
O Sr. foi nomeado para Melhor Blogue Português - que o deixou alegre, na categoria de Design - o que o deixou estupefacto.
nas palavras do autor dessa definição - ...Design? Parece-me que gostam mais do meu aspecto do que do meu cérebro...

é sempre bom perceber que o design anda a ser bem tratado por quem é entendido no assunto!

10 de dezembro de 2007

±0 plus minus zero

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±0.

It means neither plus nor minus;

it is necessity and sufficiency;


it is something you have never seen but somehow feel at home with;

it is a shape that is very normal yet fascinating;

It is the moment you realize, for the first time, that this is exactly what you have wanted.
...

And ±0 would like people all over the world to experience and feel what ±0 stands for.

PP. (post post) eu fiz a minha parte, agora podem seguir este link e, se se sentirem generosos, podem-me comprar o humidificador que ilustra este post...
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PP.2 se pressionarem o rato em cima da imagem (coitado do animal, anda sempre a ser pressionado) vão ser guiados até um sítio onde existe mais informação sobre esse objecto magnífico, espero que entendam japonês...

7 de dezembro de 2007

philippe starck



Eu sei que dá trabalho clicar no play e esperar para ver o filme, mas vá! Deixem de ser preguiçosos.
São 18 minutos inteiramente dirigidos a quem estiver disposto.
A visão do Philippe Stark sobre o design, sobre o estado das coisas, sobre o mundo, sobre o homem, até sobre o evolucionismo e arranca-nos umas gargalhadas valentes!
vá... não é para ler, é para ver e ouvir...
hit the play!

6 de dezembro de 2007

out of my pocket #2

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Como podem verificar pela imagem, houve uma alteração drástica nos bilhetes de cinema desde que escrevi aquele post em que me queixei da inutilidade dos mesmos. Estou a ver que este blog já serviu para alguma coisa útil. Reclamei aqui e puft, lá me apresentam um bilhete cheio de informação. Devo ter entre os leitores deste espaço um dos responsáveis pelos cineacademia. O mais interessante, no bilhete, é que me agradecem pela visita.
Quase me põem aqui a falar com o papel.
"Foi um prazer recebê-lo". De nada, respondo (em voz alta).
A verdade é que foi mesmo um prazer ir lá ver aquele filme.
Saímos, eu e a Cris, claro, os dois candangos, e fomos ao cinema.
Antes, liguei para o CineBrasília (aquele que já fiz referência aqui há uns posts, que é antigo, no conceito de antiguidade daqui...), para ver se conseguíamos ver o "Cleópatra", do Bressane (que também já havia mencionado aqui) e disseram-me que só na Quinta as salas teriam atividade (não têm um calendário fixo, constante... mas ainda vou averiguar isso melhor).
Como eu estava a explicar, acabámos por sair, assim mesmo, em busca de algum filme que nos agradasse na Academia. Chegámos lá e puft, IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE BRASÍLIA.
Não vos vou dizer qual foi o filme que fomos ver porque está lá escrito no papelito. "Ah e tal, não li o papel". Se quiserem, vão lá acima ler. Não! não escrevo aqui.

Continuando..., adorei saber mais sobre o universo de Keith Haring (dito assim dá a ideia que eu sabia muito sobre o universo dele). O filme é um documentário no qual existem filmagens da vida dele, depoimentos da família, dos amigos, de amantes, dos namorados, e que, ao fim e ao cabo, traduzem bem mais do que o movimento artístico dele ou de uma geração específica e circûnscrita à Big Apple. Somos confrontados, além do brilhantismo do Keith e da sua vontade de levar a arte a todos, com a génese de uma época, com a novidade mortal do HIV que tantos personagens colheu nestes últimos 30 anos (+ coisa - coisa).

PS1. Não sei se perceberam mas o nome do Keith, no bilhete, perdeu o "g" do Haring, acho que o papelito tentou subir um patamar no reino das adjectivações mas não conseguiu, continuará com o cognome de imprestável, para ser mais específico, O Imprestável II... (ok, pode ser por falta de espaço, chega a um limite de caracteres e puft, o que está está o que não está, estivesse!) Fiquei aqui a pensar e quase escrevia mal o nome do rapazolas, ora isso não abonaria muito a meu favor, né!? perderia total credibilidade, pelo menos aquele restinho que ainda me sobra.

PS2. Como é que, depois de ter ido ver um filme biográfico, que aborda passagens da vida do artista, eu mantenho a minha de que só me interesso pela arte e não pelo diz que disse? Pior que isso, não ponho aqui nem uma imagem de algum desenho dele, ou de um quadrito. (a minha sorte é que não tenho assim tantos leitores, e que podem ter abandonado o texto no link para o FIC) .

PS3. Ufa, consegui escrever este texto sem mencionar em um único momento que a Yoko Ono entra no documentário falando da sua mediocridade, ups, mediocridade não, mediunidade, explicando ainda o momento em que falou com o keith depois de morto. Ia continuar a cortar na casaca da Yoko, mas abstenho-me porque afinal ela fez experiências musicais com o João Gaiolas e, por respeito a esse grande homem , não falarei mal da artista até saber mais coisas sobre a so called artist que talvez quebrem este preconceito que tenho dela.

5 de dezembro de 2007

DOCHIS

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"Uma revista mensal eletrônica com enfoque nas cidades, de temas variados sobre os aspectos urbanos, sua arquitetura moderna e antiga; a documentação histórica produzida, acumulada e arquivada em arquivos públicos municipais; e os grupos sociais, com referência à memória coletiva e as artes plásticas."

A revista não é óbvia na forma como se encontra a informação, mas procurem que existe muita coisa interessante. (e é pena porque existe muita informação que acaba por se perder por falta de links óbvios que facilitem a nossa pesquisa. Vou ver se atendem às minhas exigências enquanto leitor)

Mas, e esquecendo o parêntesis anterior, para quem gosta de cidades, arquitectura, fotografia, pintura e artes em geral, vale a visita. Podem tropeçar por lá no Corbusier em
o encontro entre indíviduos da cidade normal, encontrar entrevistas a arquitectos, a pintores, artigos de historiadores, ou ainda, descobrir quem é o tal do olavo que é falado ali em baixo na caixa de comentários do post anterior.

4 de dezembro de 2007

calvin&haroldo!!???

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Eu achei estranho quando, à procura do Calvin&Hobbes, fui ter ao depósito do calvin e percebi que aqui no brasil o calvin não existe, ou melhor, ele existe, o hobbes é que não.
Coitado do Hobbes, assim, sem mais nem menos, ao abrigo de algum editor brilhante, puft! desapareceu e deu lugar ao Haroldo!

Será que haroldo é que é um nome legal para tigre?

Pois é amiguinhos, o haroldo é, segundo a explicação do site onde encontrei a informação:

"O nome Haroldo veio de um filósofo do século 17, Thomas Hobbes, que tinha uma visão obscura da natureza humana."

Ah!! isso explica tudo. Haroldo=Thomas Hobbes. Pois, entendi!
Acho muito bem que se defenda a nossa língua, mas, também acredito no respeito pelo génio criativo de um senhor que inventou um tigre, pelos vistos, malfadado a mudar de nome à vontade do freguês!

É o mesmo que chamar Maria Albertina à Mafalda, dizer que ela é lisboeta e não portenha!
Só para a maltinha se identificar mais com o espírito da coisa.

Aceitam-se sugestões para a troca de nome da Mónica...
(desculpa lá ó Mauricio, foste apanhado no meio da história, e isto aqui não deve surtir efeito, era mesmo só para terminar com um tom de revolta, mas olha, fiquei aqui a escrever e a coisa perdeu efeito)

2 de dezembro de 2007

blindness-fernando meirelles

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Saramago escreve o livrito. O meirelles pega nele, gosta (será que ele gostou mesmo?), e resolve fazer o filme!
Agora, com esta coisa dos blogues, podemos clicar aqui e ir lá ler os desabafos, os anseios, as dúvidas, os avanços, os retrocessos, enfim, o processo criativo, o fazer de um filme, a construção de uma viagem (já chega de explicações sobre o que podemos ver lá do outro lado?).
Vá, só um trecho aqui para aguçar o apetite.
Será que vou ser processado por copiar lá e postar aqui?
(epá, por pequena que seja a publicidade , é o que estou a fazer, hã!)
Não disse qual é o livro do Saramago?
Esperem, esperem! É o ensaio sobre a cegueira.
O filme terá o nome de cegueira, acho que será apenas cegueira.
Pelo menos lá está escrito blindness.

Ok ok! o trecho:

"Apagamos a luz para fingir que estávamos numa sala de cinema e tiramos o telefone do gancho, um saiu para beber água outro para ir ao banheiro. Assistir ao filme montado pela primeira vez é uma experiência tensa. Mesmo conhecendo cada linha do texto, o tom em que cada frase foi falada, os enquadramentos, mesmo depois de já ter decorado como estão montadas cada seqüência ou saber em que instante a música de referência vai entrar. Mesmo assim, eu estava ansioso."

Cliquem ali no texto, e vão lá ver, se quiserem, claro! até porque isto não é uma autocracia, cada um faz o que quer, podem ir já, podem ficar para as palavritas finais (atitude que eu sinceramente não entenderia, mas cada um sabe de si), podem até já ter abandonado o texto lá em cima (atitude sábia) deixando-me aqui a escrever para as paredes. Para quem não gosta de cinema, ou do Fernando Meirelles, ou do Saramago (como eu, por ter sido obrigado a fazer teste na escolhinha sobre as obras do senhor) talvez não seja muito boa ideia, seguir o link. Mas é uma forma porreira de ver o outro lado da história, conhecer um pouco mais da coisa antes de sair nas salas e poder dizer depois aos amigos, com aquela cara de quem sabe umas coisas - ah e tal! aqui ele queria passar a ideia de blá, blá!

Olhem, eu descobri que o Meirelles se formou em arquitectura. (sim tem lá uma breve introdução sobre ele)
mais uma coisa que se pode usar numa conversa - ah e tal! ele é arquitecto sabias?, e fez programas de tv, e blá, blá...
Como se a vida dele me interessasse muito.
A mim, e como disse num post lá atrás, o que me interessa é a arte!

29 de novembro de 2007

e o Candango vai para...

Na passada terça-feira, enquanto seguia pelo eixinho W(sim sim é o nome de uma estrada, rua, ou qualquer coisa nesse sentido, cujo funcionamento só os brasilienses entendem e, claro, o meu pai, por intermédio do google earth) reparei no burburinho em torno do Cine Brasília. Luzes, gente e mais gente, e lá segui com a ideia de que algo estaria a acontecer por ali. Pois é! Afinal estava mesmo. Estava, digo bem, porque já terminou. A dita afluência de gentes àquele antigo cinema (conceito de antigo por aqui é um pouco diferente, mas, em roma sê... e em brasília não sejas romano) deveu-se à entrega dos prémios do quadragésimo festival de cinema de brasília. Não! não fui lá, e não vi os filmes que por lá passaram. Agora tenho de correr atrás para tentar perceber porque é que o vencedor do melhor filme, Júlio Bressane, foi vaiado na dita atribuição dos candangos.

ABRE PARENTESIS, li por que o termo candangos era usado pelos africanos quando se referiam aos portugueses (será?). Bom faz todo o sentido, uma vez que denomina quem chega de fora. Quem aflui. Adiante. Candangos, é o termo que se usa aqui em brasília quando nos referimos aos que afluíram na construção desta utopia que se chama brasília. Ou ainda quando nos referimos aos pioneiros (obreiros ou não). ou ainda (começo a ficar fartinho do "ou ainda", mas...), e isto é uma ideia minha, o nome que se dá aos que habitam a cidade, aos que, de alguma forma, ainda constroem esta tenra e jovem cidade.

Dois candangos, não são os dois primeiros que cá chegaram, não! É uma estátua, de Bruno Giorgi, que foi intitulada de Guerreiros pelo autor mas que acabou por ganhar o nome popular que se encontra escrito no início deste parágrafo. Não se lembram o que é que está escrito lá atrás? Boa memória, sim senhor! Dois candangos! DOIS CANDANGOS! Ainda não entenderam. Ok aqui vai a foto para não haver erro.
Espero que tenham entendido agora do que vos falava. Bom ok, ok! Depois, (talvez, não sei que isso dá muito trabalho) postarei uma foto decente dos dois candangos em que se veja a escultura na sua totalidade.Bom! mas este parêntesis todo, é para vos tentar explicar porque é que os óscares daqui da zona se chamam candangos. FECHA PARENTESIS

Mas agora imaginem. O senhor realizador, director como dizem por aqui, estava muito bem a receber o candango para melhor filme e o público estava muito bem a vaiá-lo. Como é que sei se nem estava lá!? Oras! porque leio, e porque ouço o que se diz por aí. Sou um gajo atento a essas cenas, e procuro estar sempre informado quando um realizador de cinema é vaiado. É sinal que o filme deve ser bom, digo eu. Pelo menos obteve uma reacção e fez com que o público reagisse.Também houve prémios, entre outros, para a Laís Bodansky. E perguntam vocês, quem é a Laís Bodansky? Ao que eu respondo, ide procurar no google que foi o que eu fiz. A bem da verdade, descobri que afinal já conhecia a senhor. Já havia sido apresentado no "Bicho de sete cabeças", um filme porreiro em que entra o Rodrigo Santoro. Ah! agora já se lembram, ou já estão com vontade de ir ver. Este comentário foi especialmente direccionado às meninas que por ventura leiam este blog (ou nem por isso). Mas o filme, da senhora, ... quem?... a Laís, a directora do "Chega de saudade", ganhou este ano 3 candangos. Candango para a Melhor Direção, candango para o Melhor Roteiro e outro candango pela preferência do Júri Popular ( o mesmo que se exaltou ao ver que o “Cleópatra” havia levado o candango para o Melhor Filme).
Enfim, não vi nenhum deles, tão pouco as curtas que por lá passaram, mas quero ver se passo por lá agora que o burburinho já se foi, e as vaias se encontram escritas e perpetuadas nos jornais e na boca do povo. O que vale é que a memória é curta, né!?

27 de novembro de 2007

i-looked

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Minha gente! (será que isto é considerado apropriação de entidade alheia? )
Este fim de semana (chiii, onde é que isso já vai) fui aqui perto a uma cidade, vilarejo, aldeola, enfim, chamem-lhe o que quiserem.
Mas, o aglomerado populacional é um escape da maltinha daqui da capital (se é que se pode dizer que brasília é a capital do Brasil).
Atentem às fotos publicadas no blog i-looked (e é mesmo melhor escrever o link, porque o pessoal não deve ter reparado no link que está antes deste desabafo entre parêntesis, tão pouco no outro lá em cima no título) bom, para o mais distraído dos cibernautas, aqui vai: http://www.i-looked.blogspot.com/
encontramo-nos lá do outro lado, nas fotos, ok?
ok, ok, pago um pastel de banana com queijo a quem chegar primeiro (hum! não sabem o que é? Eu também não sabia há uns tempo atrás, mas só têm que saber que é bom!)

PS. (pequena suscitação) ainda só comecei a pôr lá as fotos. Por isso é provável que não vejam todas as fotos da reportagem dos 3 candangos (cris, samuel e eu). Mas tende calma que vou colocando à medida que o tempo permitir. Ainda estão aqui? irra!!! não! não vou escrever o link outra vez. tá lá em cima.

PS. II ( pequena suscitação - take dois) a quem passou por aqui hoje mais cedo, devem (porque pelos vistos foi mais de uma pessoa, ena, ena) ter reparado que acrescentei uma foto a este post. É que ficava um pouco estranho falar sobre as fotos e não ter nem uma aqui a título de representação. Bom já tá! E, para quem ainda não descobriu os links anteriores, podem tb clickar em cima da foto que também vão lá parar.
E não, ainda não tão lá todas! Mas amanhã já devem estar.
Aí o caraças! mais à mania de ficar aqui a ler tudo o que se escreve...

23 de novembro de 2007

out of my pocket

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Vesti hoje umas calças que já não vestia há algum tempo (uma semana ou coisa assim).
Dentro do bolso, encontrei esse bilhete de cinema que só me diz que paguei meia entrada, porque sou um individuo muito mesquinho, que devem ter ido 5697 pessoas antes de mim ao cinema da academia, mas, não me explica em quanto tempo atingiram esse número (não conhecem o sitemeter, coitadinhos), não me diz, sequer, qual foi o filme que fui ver, tão pouco a que horas foi a sessão. Portanto, o papelito é imprestável e não é lá muito amiguinho de quem sofre de amnésia.
Mesmo assim guardei-o! Definitivamente, tenho problemas sérios!

Talvez nunca tenha dito aqui que gosto de guardar bilhetes de cinema (não!? e o parágrafo anterior?) programas de cursos que me prometem um futuro brilhante, com planos de pagamento bem interessantes, papéis que me dão na rua, bilhetes de metro, comboio, autocarro, avião (isto só para dizer que já andei de avião, viram?). Não deito papeis para o chão, logo, os meus bolsos estão cheios de papeis (entenda-se o meu carro, como um bolso gigante).
Assim sendo, agora que já sabem que o carro também é um bolso onde guardo tudo e mais alguma coisa que me dêem em semáforos, também tenho brochuras de super mercado, com promoções de fruta, de TVs, fogões, computadores, enfim..., Planos de saúde que me garantem segurança na melhor idade (melhor idade!?) e uma família feliz (dizem eles).

O que é que posso concluir?
Posso concluir que perdi um futuro brilhante, numa carreira de sucesso com planos de pagamento bem interessantes, cuja inscrição terminou em Novembro de 2006. O Papel diz – “inscreva-se hoje no seu futuro”.

O que me deixa contente! ?
Na próxima quarta-feira, há novamente promoção de frutas no Extra.

22 de novembro de 2007

comentário (inédito e não publicado no devido lugar) à carta de Amor

nossa!
quanta honra!
um post inteiramente dedicado à minha pessoa!
bom, vejamos!
pelo que percebo, sentiu-se afrontado, ou ofendido não sei, pelo que lhe escrevi.
quando lhe escrevi esses dois comentários, foram fruto de uma constatação que fiz, ao percorrer vários dos inúmeros e inquantificáveis blogues (ou será blogs? Como sou marinheiro de primeira viagem tenho desculpa) que proliferam nesta blogosfera tão cheia de egos.
pelos vistos alguém enfiou a carapuça.
ou estarei enganado!? (isto porque a minha alma incrédula, não acredita que alguém, tanto tempo depois do período helénico, seja tão egocêntrico ao ponto de acreditar que um desabafo, em que constato o estado da blogosfera, seja especialmente direccionado à sua pessoa).

Tem razão, tem razão, afinal eu usei os seus “recursos” e, diria, em primeira “análise” às SUAS custas, escreve(ndo) “um comentário”, 11 e quarenta da noite (gostei da precisão) e como viu escrevi mesmo uma parte às suas custas.

Tenho que ter cuidado porque há por aí pessoas que acreditam que tudo o que se escreve, “para o bem ou para o mal” é “em relação a ela”s. Pessoas que depois me escrevem, não emails psicóticos, mas publicam verdadeiras pérolas.

Não estou aqui para me desculpar. Tão pouco para lhe explicar que 1+1 (não é) = 2 comentários que de irados, mal intencionados,
equivocados, retardados, ou qualquer outro sinónimo com os quais se insurgiu nesta ode à minha pessoa, nada têm.

Será que eu poderia dizer o mesmo da sua postura?
claro que sim (e agora a minha consciência grita, para consigo, em caixa alta) sua ANTA! Não percebeste isso pelos comentários todos que se ajoelharam frente ao fiel depositário da verdade?
obviamente estou enganado e peço perdão pela minha falta de tenacidade.
De todos os adjectivos com os quais me qualificou, tenho especial preferência pelo “anta”, gostei, nunca me senti tão glorificado quanto nesse momento.

Retardado também ganhou um lugar especial na minha consideração. Para dizer a verdade, deixou-me emocionado, e, pelo canto do olho, caiu-me uma lágrima!
Devo lembrar-lhe que agora já não se diz retardado, mas sim pessoa com necessidades especiais, ok? É politicamente correcto.

(espero que, sua alteza, não venha a ser processada por nenhuma entidade que se sinta ofendida por lhes ter associado o meu nome)

agora vou entrar num momento de assaz contradição.
A T E N Ç Ã O !
e com esta acho que me redimo dos meus pecados para com uma pessoa tão bem educada quanto o senhor.
PEÇO DESCULPA.
e agora em letras de caixa baixa, porque o importante já foi dito.
Vejamos! Peço desculpa, por não ter direccionado os comentários estritamente à sua pessoa, porque dessa forma, o tempo que dedicou a escrever-me esta carta de amor (como sou louco ou, nas suas palavras, retardado posso entender as coisas de outra forma, certo?), teria razão num ou outro momento da sua manifestação de afectividade.

Infelizmente, e como tempo é coisa que, de facto, já não temos (ou pelo menos pensava eu até este momento em que perdi tempo do meu tempo para que o tempo do seu tempo não ficasse equivocadamente no vão).

imagine-se se eu tivesse escrito que me queria insurgir contra.
Ainda bem que mencionei o facto de ser apenas um desabafo, caso contrário, o nome deste blogue passaria a ser bruno sua anta (acabei de dar uma boa ideia para um blogue, e nem peço parte nos dividendos é tão apegado ao dinheiro que não quero causar um desfalque).


eu sou louco, isto aqui não pode ser para mim, não mereço tanto.
agradeço aos meus pais, à minha avó, que deus a tenha, ao Adalberto e, mais importante que todos antes mencionados (além do meu homónimo que fez um verdadeiro elogio) ao Capitão (capitão não, general!) que me catapultou neste momento de estrelato.
nunca pensei chegar tão longe em tão iluminada e brilhante mente!

By the way, a sua didáctica é excelente, acho que pode elevar o seu léxico no que diz respeito aos adjectivos amorosos, mas mesmo assim gostei imenso...

deve ser amor! para ter deixado assim o Séquiço por mim... ou será apenas uma obsessão momentânea?

PS. este comentário não foi publicado no sítio para onde o mandei, e,como acho que não se deve deitar as coisas para fora da janela, pelo menos os meus pais educaram-me assim, vou publicar aqui mesmo. Imagine-se esta verborréia deitada assim sem mais nem menos para o Bin, o menino ainda tinha uma congestão.
acabei por perceber que afinal existe mesmo a censura, ups, moderação, moderação! (lá estou eu a bater no mesmo, tenho de ver se me contenho). Como o Chavez (ok, agora sim, desci muito fundo no poço, por ter mencionado o Chavez neste blogue) existem outros indivíduos, de boa indole, claro está, que também não gostam de ouvir algumas verdades. Ah e tal é chato ter de ouvir retardados! perdão! pessoas com necessidades especiais.
Sou mesmo Anta e não, não estava a fazer sexo, senão não teria vindo aqui responder ao senhor.

Carta de Amor

Estou muito feliz!
Recebi uma carta de recomendação.
Nela, sou exageradamente elogiado. É quase uma carta de amor ou uma declaração de direitos, não consegui perceber bem qual das duas.
Estou fora de mim com tamanha consideração.
De facto existe gente de bom coração por esse mundo fora.
voltei a acreditar que o mundo ainda tem salvação por intermédio de pessoas de tão elevada estirpe.

Que bom que existe um futuro risonho.

Bom, pelo menos para mim que tenho uma carta de recomendação e peras... (prefiro maçãs mas acho que nesta situação ficava melhor escrever e peras, não?)

ide lá ver a cartinha, não vos apegueis a estas palavras.
ide, ide...


PS. (se ainda estiverem por aqui) logo mais, depois, amanhã, não sei ao certo. Publicarei o comentário que deve estar neste momento há espera da moderação lá do outro lado.... sei sei, é automático e blá blá blá, mas eu não tenho que saber nada disso, não vivo de blogs e tenho uma vida fora deste. Por aqui ele está salvo nos scraps, para que seja postado depois, a seu tempo, a seu tempo! uma coisa de cada vez, né...?
Primeiro lê-se a carta de recomendação, depois então passamos para a parte da entrevista em que se descobre quais as pretenções salariais, horários compativeis e afins....
o quê!!
ainda não foram? vá, tá aqui.

20 de novembro de 2007

Arte é arte! Falou?

É comum, quando se fala de arte, alguém começar a pronunciar-se sobre o artista, mais especificamente sobre a sua vida - ...e ele era casado com uma mulher loira surda e que fazia o pino em cima do telhado e cortou o cabelo depois escreveu uma carta ao pai natal e...
Para ser sincero nem gosto muito de falar sobre arte (mentira, farsa, pi, pi, piiiii, prendam este homem).
Bom ok ok, deixem-me explicar melhor a coisa, não gosto é de falar (principalmente de ouvir) sobre a história, o enquadramento tempo-históricó-contextual(grande invenção) de determinado objecto de arte, e que o Adalberto-gosto-muito-de-arte-mas-não-sou-capaz-de-fazer-então-vou-dizer-mal-e/ou-bem-dependendo-do-que-me-der-na-mona pensou e acreditou, e escreveu obrigando-me no fm das contas a ter de ouvir que ele achou que o artísta estava muito alegre, e que as doses de LSD tiveram influência naquele tom específico de verde jasmin (será que existe esta cor?).

Ao objecto, prefiro admirá-lo (leia-se, ver, ouvir, sentir e por aí em diante) ou ignorá-lo (leia-se, apontar o dedo, atirar tomates ou ovos para o palco, desligar a TV e partir o DVD) como muitas vezes faço aos so called artistic objects, instalações e o raio-que-o-parta-que-tem-de-ser-explicado-senão-não-se-entende-nada e que não nos toca nem no pelo mais recôndito do dedinho dos pés, sim, isto para ser politicamente correcto, até porque pode haver por aí criançinhas a ler isto por engano (aliás, como todos os que aqui afluem).


arte pela arte.

se o objecto falar comigo, o artista falou, senão prefiro que ele permaneça no silêncio.

Falou?

E ele que não me mande recadinhos pelo Adalberto, ok?

17 de novembro de 2007

vidinha de a tor!

Ontem fui ao CCBB. E não! não é o CCB. É aqui mesmo, em Brasília, e trata-se do centro cultural banco do brasil. Adiante! fui ver uma peça de teatro. Quartett do Heiner Muller(sem trema porque eu não sei onde é que insiro, mas façam de conta que estão ali dois pontos em cima do "u" no nome do senhor).
O texto é muito bom e foi bem encenado pelos actores (tive que voltar atrás porque já tinha escrito atores, assim mesmo, sem o "c", preocupante, não?), num cenário resumido a uma projecção, talvez da cidade de são paulo, no pano de fundo, e dois bancos em que um deles escondia, e só percebemos mais tarde, um copo com o qual um dos personagens é envenenado.
o quê?! não devia ter contado? hum! como se isto fosse um filme e toda a gente fosse ver! epá, por acaso existe o filme com a mesma trama (pelo menos vem aqui escrito na brochura que tirei do montinho ontem à entrada na sala), dá pelo nome de ligações perigosas e, nele, contracenam a Glenn Close e o Guilherme Leme. Não! desculpem, mas isto de ler e escrever ao mesmo tempo acaba por confundir um pouco as coisas. Substituam o Gui (quanta intimidade,... gui para os amigos sim) pelo João Malkovich. Ontem a Glenn foi substituída pela Beth Goulart que esteve à altura (como é que eu sei se nem me lembro do filme?) com direito a lágrimas no fim e tudo.
bom, mas muito interessante é (e agora o leitor atento ficou curioso para saber o afinal o que é assim tão interessante) o facto de a peça se desenrolar apenas com dois atores em palco. Muito embora a história dependa de mais personagens para tomar forma.
não é interessante?
não?!
bom ok! a peça inteira gira em torno do Sexo (acabou de ficar mais interessante, não?), de um, de outro, de ambos (de ambos os dois não por amor de deus!!). Passo a citar o papelito que tenho aqui aberto à minha frente - "Os protagonistas, sagazes e ardilosos, manipulam sentimentos e situações, para provocar a queda e a ruína de inocentes e virtuosos.".

Bom! mas interessante mesmo (ok, ok, e agora é mesmo, até porque só queria mesmo falar nisto) foi o facto de, no fim da peça, os actores terem recebido apenas uma salva de palmas.
foi assim, e atentem bem ao que passo a explicar, o público, do qual eu fiz parte, bateu palmas, atrevo-me a dizer que as mãos de algumas pessoas se encontraram apenas uma vez, provocando um som quase inaudível.
a actriz, Beth Goulart (gostei deste nome, tipicamente brasileiro), que já chorava inundada pelas emoções da Merteuil, ainda proferiu algumas palavras de agradecimento ao público, à organização, aos patrociníos e, mais uma vez, ao público.
Posto isto, as mãos de todos juntaram-se novamente, desta vez, juro que não ouvi som algum, sim sim, sou surdo mas não foi esse o motivo.
Eu ainda bati palmas por mais dois segundos mas percebi que os olhos me observavam com estranheza e fingi que estava a tentar matar um mosquito para que não me apontassem o dedo, em jeito de - olha só aquele sujeitinnho! ele está batendo palmas, ainda!!!
à saída havia comes e bebes e eu não consegui deixar de pensar que os actores deviam estar super deprimidos com a parca manifestação do público o que terá motivado a beth a dizer - nem as minhas lágrimas finais foram boas o suficiente para sacar mais uns aplausos no final!! vou servir pró-seco lá fora, talvez eles me sorriam! oh Gui, me ajuda! trás os bolinhos de bacalhau!

13 de novembro de 2007

comentado por aí!



eu ainda sou do tempo (chii, isto aqui tá a começar mal...) mas é verdade, sou do tempo em que sabíamos combinar as coisas de véspera, sem a hipótese de anular tudo no último instante com algumas palavras escritas em código.
eu sou do tempo em que as cabines telefónicas não eram apenas objectos de decoração nas ruas, em que os telefones de casa eram absolutamente indispensáveis e tinham uma cordinha que nos permitia brincar enquanto falávamos e riscávamos a agenda com os telefones das pessoas escritos, cada um com uma caneta ou lápis.
O problema é que esse tempo não foi há muito.
mas é verdade. Sou nostálgico...
Sou nostálgico porque eu podia dizer sempre que não estava em casa, que tinha ido ao cinema, que tinha ido ao café, saído para ir comprar o jornal, que tinha ido ao mini mercado ou ao raio que o parta.
hoje lá temos o guarda costas, que nos protege sempre da exclusão social, que nos transforma em seres 100% contactáveis.
Sei que perdemos o nosso tempo, aquele que poderia ser apenas nosso, isoladamente nosso.
Porque o Alfredo ligou e não atendemos (deve haver algum problema), e a Maria me mandou uma mensagem e não respondi (logo não gosto dela), porque a mãe liga e tocou 6 vezes (ai que aconteceu alguma coisa ao meu filho) porque o chefe liga e não atendemos (tenho de despedir aquele gajo). Enfim, alguma semelhança entre este objecto comunicante e um gerador de conflitos é pura semelhança.
hoje temos obrigação de falar, mesmo quando não queremos. E se desligamos o telemóvel, ai! ui!
olha-me aquele irresponsável.
apontam o dedo na rua (aquele desliga o telemóvel... coitado!)
e quando toca o telefone na rua e não atendemos?
somos considerados criminosos, assassinos, ou coisa pior, incomunicáveis…
enfim, sei sei, também sou do tempo em que tinha de ir às bibliotecas em busca de informação. E lia sempre 4 páginas do livro até perceber que o tema não era bem aquele e em que havia milhares de idéias por ai espalhadas à espera de serem lidas...

comentário a um texto lido no tráz outro amigo também

8 de novembro de 2007

gosto. não gosto!

Ontem, enquanto via uma imagem publicitária, alguém comentou: mas que lábios!
que boca!
Olhei com a pretensão de ver o motivo de tais comentários e descobri uma boca bem comportada. Comportada e pequena demais para merecer tais comentários e interjeições.
Rematei com - existem milhares de bocas mais bonitas que essa em qualquer esquina de brasília (como se brasília tivesse esquinas, mas isso é outro assunto)- não satisfeito, com o ar de reprovação, rematei - mas eu sou europeu!

ficou no ar uma penumbra de arrogância!

Para que não permanecesse o tom de superioridade no comentário (até porque não era o objectivo) expliquei que havia rejeitado a boca da imagem publicitária em favor da mais comum das bocas deste país porque, de facto, os forasteiros olham as coisas com outros olhos.
forasteiros = europeus no Brasil que acham que uma boca pequena não se compara a uma boca de tamanho digno de figurar numa publicidade verdadeiramente sensual.

Por mais que me tenha explicado, o que ficou na memória foi a bordoada - mas eu sou europeu! em jeito de - vocês não entendem nada disto pá! eu que sou europeu é que sei!

Então, usei como argumento a preferência, dos indivíduos deste país, por mulheres alvas e loiras em oposição à generalidade das mulheres da terra. Uma cegueira generalizada causada pela falta de distanciamento ou pela falta de exotismo...
no meu íntimo não existe justificativa para a preferência daquela boca insípia mas...


Isso leva-nos ao seguinte tema, também ele alvo de sobejas discussões, ignorando completamente as preferências de tons, nuances, luzes e mais não sei o quê...

O cabelo.

Liso ou natural?
Isso é pergunta que não se faz aqui no brasil.
Existe um mercado que já passou a fase da franca expansão, para se tornar quase um símbolo nacional, maior que o Pélé, o samba ou o carnaval. A chapinha!
A chapinha?
sim, a chapinha!
um objecto que parece uma tábua de engomar, na devida escala, que se liga à corrente e deixa os cabelos electrocutados, estendidos e caídos.
Mesmo quem tem o cabelo liso, não dispensa umas horitas ali a passar a ferro.
é um tempo, segundo quem se serve do procedimento, muito bem investido, uma vez que a aparência resultante caminha no limbo do endeusamento.
Não é preciso dizer que da carapinha não resta memória, por estes lados, parece nem ter existido. Na rua só vejo cabelos electrocutados.
Nunca pensei um dia dizer isto, mas começo a ter alguma saudade das permanentes dos anos 80 (sim, sim, é só pirraça...).

enfim! nem 8 nem 80.
bom mas gostos não se discutem, certo?
e arquétipos?

25 de outubro de 2007

Cheiro do Ralo

Do Heitor Dhalia, até então, um realizador que desconhecia, e de resto me surpreendeu com o resultado que nos mostra, o filme é uma caixinha de pandora que se abre e acaba por trazer à superfície muita da merda que teimamos em guardar. Mostra aquele indivíduo que nos corrói a humildade, que nos escraviza a alma, sempre em busca de algo, de uma coisa mais para a colecção.
Atentem bem aos cenários, ao argumento do Lourenço Mutarelli, aos actores, às caricaturas. Reconheçam aquele tipo bem peculiar que muitas vezes se sujeita ao ridículo em busca sabe-se lá de quê! Aquele sujeito que cheira mal, muito mal, mas acha que é o cheiro do ralo!

19 de outubro de 2007

sábado 09h00

Amanhã vou a uma palestra. Vou na qualidade de chauffeur e, uma vez que se trata de uma palestra sobre design, também vou aproveitar para aprender alguma coisa das sábias palavras da palestrante, ilustríssima e digníssima mente dotada dos variados saberes das artes.
Pois é!
Só gostava de saber quem é que foi a pessoa inteligente que teve a belissíma ideia de agendar uma palestra, que versará o tema "O design de interiores e a contemporaneidade", para sábado às 9 da manhã?
O melhor é chegar cedo para conseguir um lugar lá bem à frente.

17 de outubro de 2007

horário de verão

A hora mudou. Não foi hoje, mas mudou e ainda se fazem sentir os efeitos da mesma. As pessoas, chegam com um ar cansado de quem se deitou mais tarde do que devia. Pela manhã, aquela confusão de saber qual dos relógios de casa indica a hora certa. Comentários ao estilo - O teu está certo?- ou – Você já mudou esse aqui? – ou ainda – Qual deles está certo? - são bem comuns por estes dias. Ar apressado quando se constata que afinal o relógio não estava certo. Corremos em jeito de galinhas tontas ou andamos com ar demasiadamente despreocupado acreditando piamente que ainda há tempo. Tempo de sobra, não fosse o desacerto das máquinas diabólicas. Uns chegam atrasados ao trabalho e outros mais atrasados do que o normal. Uns ficam contentes com o novo horário de verão, fazendo odes ao sol e aos seus demorados raios taciturnos. Outros resmungam do calor, da falta de descanso que a noite propícia, do ar alegre dos outros. Enfim... Até o senhor que vende relógios (segundo ele, todos originais), ali na esquina, reclama da mudança, diz ele - dá-me muito trabalho! obriga-me a mudar a hora a todos os relógios, e explicar sempre a quem compra como é que se muda a hora, e isso é tempo perdido, mas sempre vendo mais relógios.

Tenho especial preferência pelo horário de verão. Gosto mais dos tais raios que se esquecem de ir embora no fim da tarde e se demoram mais para meu encanto. Mas, devo confessar, não gosto muito da mudança da hora. A mudança em si não me agrada. Quando chega o horário de verão, aumenta uma hora. Ou seja, às 00h relógio anda uma hora e saltamos para a 01h da manhã. Fico sempre com a sensação de ter perdido uma hora da minha vida. Uma hora, sessenta minutos, três mil e seiscentos segundos, em que nada fiz.

Mas diga-se de passagem, a mudança da hora serve de desculpa para os possíveis atrasos e, vejam bem, até para voltar a escrever, tanto tempo depois.